Que fase, hein

A briga entre Maurício e Obina na saída para os vestiários no intervalo do jogo de ontem, quando o Palmeiras perdia por 1 a 0 para o Grêmio, simboliza e reflete a desorganização (emocional e técnica) da equipe alviverde na reta final do Brasileirão.

Durante quase três meses o Palmeiras foi líder isolado do campeonato, mas o rendimento do time começou a cair, cair, até que despencou. Para mim, o marco dessa queda de desempenho é o empate com o Avaí (8/10). Dali em diante, a coisa só descambou.

A convocação de Diego Souza (que nunca foi o mesmo depois de voltar da Seleção), contusões de jogadores importantes (como Pierre, Maurício, Cleiton Xavier), a permanência no time de atletas que pouco criavam (como Vagner Love, o Intocável) e a falta de um banco de reservas que substituísse os desfalques à altura (o que fez de Marcão um titular) são alguns aspectos que eu consigo destacar na busca por uma explicação de como a situação chegou a este ponto.

Acima de todos os problemas citados, faltou compromisso de alguns jogadores com o clube que paga seus salários. Não peço que sejam palmeirenses, mas que honrem a camisa que a maioria da torcida usa há muito, mas muito mais tempo que eles.

Camisa essa que Maurício e Obina não deveriam nunca mais vestir em um campo de futebol.


Belluzzo não quer precipitações
Apesar da imprensa dar como certa a demissão dos dois, comunicada ontem pelo vice-presidente de futebol, Gilberto Cipullo, o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, afirma que não tomará decisão nenhuma antes de se reunir com diretoria e comissão técnica em São Paulo para saber o que houve realmente em Porto Alegre.