Jason não sossega

A cada rodada que passa, percebe-se o quão indefinido está o campeonato Brasileiro. Os times do G4 (e eu arriscaria acrescentar o Atlético-MG) têm mostrado garra e real condição de disputar o título a cada partida.

Quarta-feira foi a vez de o São Paulo dar show ao vencer o Náutico por 2x1 em Recife, de virada e com dois jogadores a menos. A pressão dos pernambucanos na saída de bola paulista fez com que a defesa visitante tivesse bastante trabalho no primeiro tempo. Logo aos 4min, Patrick sofreu pênalti de Junior César. Bruno Mineiro bateu mal e Bosco pegou no canto direito.

Oito minutos depois, o atacante do Timbu se redimiu e marcou o primeiro para o Náutico. Bruno tentou, Bosco rebateu, e o camisa 9 aproveitou o rebote para marcar o primeiro do Timbu. O time de Recife sobrava em campo, tinha mais posse de bola e chegava mais à área são-paulina.

A primeira finalização paulista saiu apenas depois dos 20min de primeiro tempo, em chute de Borges de fora da área. Junior Cesar, que já havia levado cartão ao fazer o pênalti, levou seu segundo amarelo e foi expulso aos 32, complicando ainda mais a situação do São Paulo. Aliás, atuação para ser esquecida, a do jogador.

Troca de camisas
No segundo tempo, o time Tricolor apareceu com camisa diferente da que havia começado o jogo (devido à branca estar parecida com a do time da casa, suponho). Jason surgiu de listrada. E surpreendeu.

Apesar de jogar com um a menos, o São Paulo já começou a segunda etapa melhor do que estava na primeira. Mais articulado, o time passou a atacar. O gol de empate veio com Hernanes, que cobrou falta na entrada da área aos 15min. A bola desviou em Aílton, que nem estava na barreira, e entrou.

Salve-se quem puder
Aí o jogo pegou fogo. Timbu e Tricolor lutavam pelo gol da vitória, tão importante para as duas equipes (cada uma em sua ponta da tabela). A velocidade com que a bola passava de um ataque para o outro mostrava que nenhum dos times estava disposto a largar o osso. Destaque para o goleiro Gledson, que pegou muito.

Os jogadores do São Paulo tiveram que mostrar superação quando o time perdeu Richarlyson, expulso aos 28min. Com dois jogadores a menos, o time paulista seguiu jogando bem, defendendo os velozes contra-ataques do Náutico (destaque para Carlinhos Bala, que realmente dispara) e importunando a defesa pernambucana.

Aos 40min, Cláudio Luiz fez falta dura e recebeu o segundo amarelo, deixando o Náutico com dez em campo justamente no momento em que o São Paulo mais pressionava. A partida seguia eletrizante para o seu final, quando Hugo perdeu uma ótima oportunidade de marcar aos 42.

Os são-paulinos mal acreditavam que a vitória lhes escaparia pelos dedos. E ela não escapou. Um minuto depois da chance desperdiçada, Hugo recebeu passe dentro da área e meteu uma bomba no alto do gol de Gledson. Virada de Jason, nos Aflitos.

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O árbitro alagoano distribuiu quinze cartões amarelos para ambos os times e um vermelho para Michel, aos 47 do segundo tempo.